"Este período difícil da luta pela sobrevivência durou por muito tempo, mas está chegando ao fim agora. Os curdos não vão mais permitir que qualquer pessoa atropele os seus direitos. Eles já não querem viver sob a soberania de outros países e outros povos", acresentou.
Há forças que não querem a formação de um Curdistão independente, segundo disse Avni, mencionando países como Irã, Iraque, Síria e Turquia. Apesar disso, ele ressaltou que os curdos nunca atacaram nenhum país nem infringiram os direitos de ninguém.
Ele disse ainda que os curdos estão à espera do apoio de muitos países para a realização do pleito popular, principalmente dos EUA e da Rússia.
"Ao longo da história, a Rússia tem demonstrado uma atitude acolhedora e amigável para com o povo curdo. Quando, na região curda, a literatura e a cultura curdas foram proibidas, na Rússia os maiores escritores e poetas curdos eram livres para criar. A Rússia tem apoiado e contribuído para o desenvolvimento da cultura do povo curdo. Muitos curdos foram educados na Rússia. Esperamos que a Rússia nos apoie em um esforço para realizar um referendo e nos ajude na criação de um Curdistão independente".
Falando sobre a crise econômica que os curdos estão enfrentando no momento, o político enumerou uma série de fatores por trás da conjuntura.
"O preço do petróleo caiu. Além do petróleo, não temos outras fontes importantes de renda. Por exemplo, a agricultura em nossa região não é ajustada adequadamente. Devemos reconhecer que nosso sistema econômico tem sérias deficiências e problemas. Além disso, a guerra com o [grupo terrorista] Daesh teve um impacto muito negativo sobre a nossa economia. Uma parte significativa do orçamento é gasto em ações militares contra os jihadistas", pontuou Avni.