Com toda a miséria na Síria, provocada pela guerra civil, torna-se cada vez mais evidente que "a Síria como uma nação é uma ficção", disse Stavridis. De acordo com o ex-militar, enquanto o governo não controla grandes partes de seu território, a probabilidade de restaurar o país em "uma entidade que funciona" parece baixa.
Stavridis observou que as fronteiras da Síria são conhecidos por sua natureza arbitrária. Parte das razões para o atual conflito vem da existência de várias religiões e etnias no país, o que é resultado da divisão de influência entre a França e o Reino Unido no início do século XX.
A opção de dividir um país tem seus riscos e complicações e é muitas vezes rejeitada pela comunidade internacional. Mas a mesma possibilidade deve ser discutida para aliviar o conflito e fazer avançar as negociações, diz o ex-almirante.
"É claro que o método de dividir o país pode variar de uma completa separação (semelhante ao caso da Jugoslávia), um tipo de sistema federativo tipo a Bósnia e Herzegovina, e até elementos de federação presentes no Iraque", disse o ex-comandante supremo.
No entanto, ele destaca que é necessário neutralizar as complicações de uma possível divisão. A separação de um país seria "um precedente" para as minorias em diferentes países, que poderiam interpretar esse cenário como uma ameaça para si. Além disso, é sempre difícil de negociar uma separação, visto que todas as partes muitas vezes ficam insatisfeitos com o resultado final. Mas de acordo com o ex-almirante, apesar de todas as probabilidades, a divisão da Síria iria aliviar o conflito e "separar os beligerantes".