A Sputnik falou com o diretor da Escola Secundária da Maia, professor Rui Duarte, que nos explicou os objetivos e a forma como decorreu o evento.
"Foi um privilégio ter participado neste evento, que é de certa forma pioneiro. A emissão foi feita a partir do Museu de Cosmonáutica. Lá estava um grupo de alunos, os organizadores, o cosmonauta, o ministro conselheiro da embaixada portuguesa Paulo Santos. Inicialmente, houve uma primeira parte de apresentações, dos dois lados, para se fazer alguma socialização entre os estudantes, houve perguntas entre eles. Seguiu-se uma segunda parte, mais técnica, com perguntas ao cosmonauta. Houve uma pergunta interessante, por exemplo, os estudantes portugueses quiseram saber porque não há mais mulheres cosmonautas. Foram feitas também algumas perguntas técnicas, como as características das naves espaciais ou a preparação física dos cosmonautas para este tipo de missões".
"O objetivo foi dar a oportunidade aos nossos alunos e aos jovens russos de interagirem sobre um tema que, naturalmente, da parte russa, lhes é muito caro, o tema espacial e também dar oportunidade de participarem numa tecnologia que está ao alcance de todos (a videoconferência). Houve também um minucioso trabalho organizativo da parte do adido cultural da Embaixada russa em Lisboa, sr. Vladimir Luzgin".
"Sabe, uma coisa é a sociedade civil e outra coisa é o mundo da política, que muitas vezes não coincidem. Da nossa parte, há uma vontade muito grande de estabelecer protocolos, mecanismos de cooperação, também com a Rússia, do género do programa Erasmus, que até agora não existem. Há uma vontade da Câmara Municipal de promover e ajudar esta parceria com a Rússia. Foi uma iniciativa muito boa, os alunos mais novos ficaram bastante entusiasmados".