Por que razão a Rússia está retirando suas forças da Síria? (VÍDEO)

© Sputnik / Mikhail Klimentiev / Acessar o banco de imagensVladimir Putin durante o anúncio da retirada das forças russas da Síria, em 14 de março de 2016
Vladimir Putin durante o anúncio da retirada das forças russas da Síria, em 14 de março de 2016 - Sputnik Brasil
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A Rússia tomou uma decisão estratégica ao anunciar a retirada das suas forças da Síria, nisso coincidem vários cientistas políticos.

A respectiva decisão foi anunciada ontem (14) pelo presidente russo, Vladimir Putin. Ele afirmou que "a tarefa colocada ao Ministério da Defesa e às Forças Armadas russas na República Árabe Síria está de um modo geral cumprida".

O presidente reiterou também que a participação russa ajudou a iniciar o processo de paz na Síria.

A Rússia enviou a sua aviação à Síria em 30 de setembro de 2015, respondendo a um pedido do governo de Bashar Assad, presidente sírio, que queria ajuda russa no combate ao Daesh, Frente al-Nusra e outros grupos terroristas que atuam no país, assolado por uma guerra civil desde 2011. Os aviões ficaram estacionados na base aérea de Hmeymim, na província de Latakia.

Reações

Para o especialista em Oriente Médio e redator-chefe da agência de notícias iraniana MehrNews, Hassan Hanizadeh, a retirada das forças não quer dizer que a Rússia esteja abandonando o combate ao Daesh.

"Claro que a luta contra o terrorismo não termina aqui. A Rússia considera que é sua obrigação continuar a luta contra o terrorismo na região, em cooperação com os seus aliados", afirma.

Outro especialista iraniano, Mohammad Ali Mohtado, pesquisador do Instituto Iraniano de Pesquisa Estratégica do Oriente Médio, diz que "esta decisão súbita da Rússia é muito difícil de compreender para muitos".

Já um especialista russo, Anton Khaschenko, declara que a decisão russa mostra a sua independência dos EUA, principal "solucionador de problemas" mundial.

"Era muito vantajoso criticar a Rússia, que combate o terrorismo internacional, acusá-la de todos os pecados mortais, de notícias fabricadas sobre vítimas civis e acusações da crise migratória europeia. E agora resulta que a Rússia, que só entrou por um período curto, conseguiu fazer o trabalho que a coalizão internacional não conseguia fazer em anos", diz.

 

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