“A região de Curdistão no norte da Síria adotou o sistema federal”, disse o representante do Partido da União Democrática, Sihanok Dibo, depois da reunião na cidade de Rmeilan, no noroeste da Síria.
“Entretanto, é possível não determinar os limites porque não visamos separar-nos da Síria. O principal neste sistema é o sistema de administração. O sistema federal é a melhor variante para a Síria. Ainda não foi inventado algo melhor, temos muitos exemplos – a Rússia e a Alemanha – são todas federações. É uma alternativa à ditadura anterior e à guerra civil”, disse Ali.
Damasco chamou a criação da região federativa de ilegal. O governo “avisa contra qualquer tentativa de minar a unidade da Síria e a sua integridade territorial”.
A Coalizão nacional da oposição síria também não apoiou a ideia.
“As tentativas de criar quaisquer formações ou regiões separadas privam os sírios de direito de escolha”, diz-se no comunicado da Coalizão nacional.
Mais cedo o chefe da missão do Curdistão sírio em Moscou, Rodi Osman, disse que a decisão sobre a federalização é uma resposta ao fato de que os curdos não foram convidados para as negociações sobre a paz na Síria que se realizam em Genebra.
A conferência em Rmeilan juntou cerca de 200 participantes de todas as regiões do norte sírio. Representavam Rojava, bem como comunidades árabes, assírios, chechenos, turcomenos e outros de várias cidades sírias. Planeja-se que a federação unirá comunidades nacionais e as suas milícias na luta contra islamistas do Daesh, Frente al-Nusra e outros grupos terroristas.
Algum tempo atrás, o Curdistão sírio proclamou a autonomia que é dirigida pelo Conselho Supremo dos Curdos. Por causa da guerra no território sírio os curdos estão cortados da parte restante da Síria. Damasco não reconhece a autonomia. Agora o governo de Bashar Assad não tem nenhuma influência na região. O Curdistão sírio é habitado por 4,6 milhões de pessoas, 2,5 milhões delas são da etnia curda.