Em discurso, no carro de som posicionado em frente ao Museu de Arte de São Paulo, Lula defendeu a democracia, a paz, e condenou o ódio expresso pelas pessoas que participaram das manifestações em favor do impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Comentando a polêmica gerada pela sua posse no cargo de ministro-chefe da Casa Civil, Lula disse que relutou muito em aceitar ir para o governo, desde agosto do ano passado, e prometeu exercer a nova função para ajudar o país a retomar o rumo do crescimento.
"Eu aceitei entrar no ministério porque faltam dois anos e seis meses pra Dilma acabar o mandato dela e é tempo suficiente pra gente mudar este país" – afirmou Lula.
“Não vou lá para brigar, vou lá para ajudar a fazer as coisas que tem que fazer nesse país. Não vou achando que os que não gostam de nós são menos brasileiros que nós" – declarou.
A manifestação desta sexta-feira em São Paulo reuniu 380 mil pessoas segundo CUT e 80 mil de acordo com a PM. Muitos foram vestidos de vermelho, com apitos, bexigas e faixas, pedindo a defesa da democracia, a manutenção de Dilma no governo e a prisão do juiz federal Sérgio Moro.