A declaração, a ser assinada pelos 12 países do bloco, vai propor apoio à Presidenta Dilma Rousseff, que está sendo atacada pela oposição e pela grande mídia junto com o ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo enfatiza a mensagem de Vázquez, a presidente foi eleita democraticamente pelos brasileiros para cumprir seu mandato até 1.º de janeiro de 2019.
O presidente da Bolívia, Evo Morales, acusou os partidos de direita do Brasil de trabalharem com a direita nos Estados Unidos “para impedir que um operário ocupe de novo a Presidência”. Na mesma linha, o presidente do Equador, Rafael Correa, denuncia as tentativas de desestabilizar os governos progressistas no continente, com a recriação da Operação Condor. A iniciativa, levada a cabo nos anos 70 e 80 no Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e Bolívia, é acusada do desaparecimento de cerca de 50 mil pessoas contrárias às ditaduras militares nesses países.
"Os países que compõem a Unasul têm todo o direito de manifestar sua apreensão em relação a qualquer país membro da organização”, diz o especialista em Direito Internacional. “Agora, uma coisa é manifestar apreensão, outra é intervenção de qualquer natureza nos negócios internos do Brasil. O país está passando por uma crise muito séria, seja na política, seja na economia. Há o problema das investigações da Lava Jato e tudo isso que está acontecendo".
"Sem entrar no mérito dessas questões, reafirmo: não há nenhum problema que esses países se preocupem com o andar da crise no Brasil, mesmo porque o Brasil é o maior país da América do Sul, o mais importante do ponto de vista econômico e político, mas o que for além disso não é da conta deles" – explica Pereira.