Dilma classificou a questão como uma suposição que não seria correta, e ressaltou que o Governo quer muito que o PMDB continue no poder.
“Nós todos estamos bastante interessados na questão relativa à permanência do PMDB no Governo. Tenho muito certeza de que os nossos ministros estão comprometidos com a sua permanência no Governo. Há um certo tipo de suposição, eu diria de avaliações que são não só precipitadas, como não são corretas. Nós queremos muito que o PMDB permaneça no Governo. Vamos ver quais serão as decisões do PMDB e respeitaremos as referidas decisões.”
“Eu sou contra o impeachment”, garantiu Pansera. “Não existe justificativa jurídica para tanto. Minha posição é que nós não devemos deixar o Governo. Seria uma grande irresponsabilidade ter Ministérios da importância do da Saúde, Minas e Energia, Agricultura, e em um momento de crise tão aguda como essa nós esvaziarmos os Ministérios. Aí eu pergunto: e os outros mais de mil cargos que o PMDB exerce no Governo hoje, como é que farão? Irão esvaziar também? Irão elevar o debate, o embate político para esse extremo de paralisar o país, ou vamos agir com responsabilidade diante de um momento tão duro pelo qual o país passa? Essa é a minha posição, não é posição do partido.”
O ministro da Saúde, Marcelo Castro, também do PMDB, disse que o partido precisa continuar apoiando o Governo para ajudar a garantir a estabilidade política no país.
“O PMDB tem que ser entendido dessa maneira: é um partido que está dividido, mas é um partido da governabilidade, da estabilidade política, da previsibilidade”, afirma Marcelo Castro. “Nessa hora, o país está precisando do PMDB, mais do que precisou em qualquer época. Então não é a hora de sair do Governo, pelo contrário, é a hora de contribuir para que haja governabilidade, para tirar o país da situação em que nós vivemos. É hora de um esforço maior para permanecer no Governo e ajudar na governabilidade.”