O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, afirmou que é melhor postergar a assinatura do acordo do que alcançar uma negociação fraca.
“Depois de tanto tempo, depois de tanto esforço, se as negociações de paz não chegarem ao fim dia 23 de março pois que se marque outra data: não quero oferecer ao povo colombiano um acordo fraco só para cumprir prazos”, disse Santos, durante a semana.
O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos na Colômbia, por sua vez, em relatório divulgando na última terça-feira, fez um alerta para o perigo de um aumento da violência se o governo colombiano e as FARC chegarem finalmente a um acordo.
A agência disse que um dos desafios do pós-conflito será o desmantelamento de grupos armados que ainda controlam a terra apropriada por meio da violência.
Os delegados da negociação de paz das FARC se reuniram com o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, em Havana, na última terça-feira (23). O grupo guerrilheiro agradeceu o chefe da diplomacia norte-americana pelo respaldo nas negociações de paz entre o Governo colombiano e as FARC.
"En fecha no lejana le daremos la buena nueva al país y al mundo que Colombia ha llegado a la paz" #VamosPorLaPaz pic.twitter.com/36QHzW2XzP
— Diálogos Paz FARC (@FARC_EPaz) 22 de março de 2016
Desde novembro de 2012, o Governo da Colômbia e as FARC mantêm conversações de paz em Havana com o objectivo de conseguir um armistício para pôr um fim no conflito armado que já dura mais de meio século e custou mais de 220.000 vidas, de acordo com dados oficiais.