“Às vezes eu temo e quero falar destas pessoas que podem prejudicar o processo; é muito fácil dar informação errada e esta informação errada às vezes vai se propagando; a política às vezes trata de fornecer a informação adequada e isto poderia prejudicar o processo de paz”, disse o líder colombiano durante conferência na capital norte-americana.
Durante o evento, transmitido no site da Presidência da Colômbia, Santos disse que se houvesse um ato terrorista contra o processo de paz com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), seu país teria de "superar".
Presidente @JuanManSantos sostuvo un encuentro con el vicepresidente @JoeBiden, quien ha respaldado #PlanColombia pic.twitter.com/YbuWdwfLC1
— Presidencia Colombia (@infopresidencia) 4 fevereiro 2016
O presidente também sugeriu que o armistício com os guerrilheiros poderiam se materializar após a data "limite" estabelecida pelas partes em 23 de março.
Segundo Santos, os negociadores do governo e as FARC começaram na última terça-feira (4) uma nova rodada de conversações em Havana para "acelerar" e conseguir a assinatura do acordo, na data programada.
Segundo Navarro Wolff, ex-dirigente da guerrilha M19 e considerado uma das maiores autoridades da Colômbia para falar de paz, “o Plano Colômbia foi uma reestruturação das forças armadas, que permitiu ao Estado retomar a iniciativa no campo militar”.
“Militarmente foi um sucesso, mas o plano também tinha um componente de desenvolvimento social e substituir cultivos ilícitos, que falhou. A região de Putumayo é tão ruim hoje como há 15 anos. O plano foi um sucesso militar e fracasso social”, observou o senador.
Ao ser questionado sobre a possibilidade de incorporar as FARC ao processo político, Navarro Wolf disse que “eles não vão ter muito sucesso inicial, porque eles têm uma imagem negativa entre a população urbana e até mesmo em áreas rurais”. No entanto, ele destaca que haverá uma onda de opinião positiva com a assinatura do acordo de paz, o que lhes permitirá continuar a existir como uma força política nas eleições.
O Governo da Colômbia e as FARC negociam desde novembro de 2012 em Cuba para assinar um acordo final que poria um fim ao conflito armado de mais de meio século, que é considerado o mais antigo do continente.