Malvinas ou Falklands? Debate sobre ilhas disputadas é reaceso com decisão da ONU

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A discussão sobre a soberania das Malvinas (também chamadas de Ilhas Falkland) se reacendeu mais uma vez com a decisão de uma comissão da ONU de estender o território marítimo da Argentina.

Autoridades em Buenos Aires saudaram a decisão como uma vitória. A Comissão da ONU sobre os Limites da Plataforma Continental (CLCS, na sigla em inglês) ratificou assim uma proposta da Argentina de 2009 para estender seu limite marítimo, a partir da costa, de 200 para 350 milhas.

"Esta é uma ocasião histórica para a Argentina, porque demos um grande salto na demarcação do limite exterior da nossa plataforma continental", afirmou a ministra das Relações Exteriores Susana Malcorra.

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"Isso reafirma nossos direitos de soberania sobre os recursos da nossa plataforma continental."

Embora a decisão da ONU não conceda à Argentina a soberania sobre as Malvinas, reacende o debate sobre o controle das ilhas, que atualmente têm um governo autônomo, mas ainda contam com a Grã-Bretanha para questões de defesa e relações exteriores.

A longa disputa territorial levou à guerra das Malvinas em 1982, quando as forças argentinas ocuparam brevemente as ilhas antes de serem forçadas a se retirar em uma curta, mas sangrenta guerra contra as forças britânicas. O episódio custou a vida de 900 pessoas.

Buenos Aires afirma que herdou as ilhas da Espanha em 1816, enquanto as autoridades britânicas preferem ressaltar a administração contínua de Londres sobre o arquipélago desde 1833.

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A maior parte dos habitantes das ilhas é de origem britânica, e um referendo realizado em 2013 revelou que 99,8% da população era a favor de continuar como um território ultramarino britânico.

Reagindo à decisão da comissão da ONU, o governo das Malvinas disse que estava pedindo esclarecimentos sobre "quais decisões foram feitas, se é que houve alguma, e que implicações podem existir".

"Assim que tivermos qualquer informação segura, vamos torná-la disponível", disse Mike Summers, presidente da Assembleia Legislativa das Ilhas Falkland.

"Nosso entendimento sempre foi o de que a ONU não faria qualquer determinação sobre os pedidos de extensão da plataforma continental em áreas onde há reivindicações concorrentes", acrescentou o deputado.

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