Segundo revelou à mídia russa o vice-ministro russo das Relações Exteriores Oleg Syromolotov, as partes estão discutindo aspectos concretos dessa interação, levando em conta, inclusive, a já concretizada retirada parcial das forças russas da Síria.
"Quanto à libertação de Raqqa, posso apenas reiterar as palavras de Sergei Lavrov [chanceler russo] sobre este assunto: desde o início nós estivemos dispostos em coordenar nossas ações na Síria com os americanos" – disse o diplomata.
A declaração de Lavrov teve lugar em 13 de março. Nã ocasião ele destacou que a abertura da Rússia para a cooperação também se explica "pelo fato de Raqqa pertencer à parte oriental da Síria, onde predominantemente atua a coalizão americana".
"Penso não revelar nenhum segredo se disser que em alguma etapa os americanos propuseram "dividir as tarefas": a aviação russa devendo se concentrar na libertação de Palmira e a coalizão americana, mediante o apoio russo, na libertação de Raqqa" – explicou Lavrov.
"Isso mostra que eles estão tendo mais lucidez. Os EUA entendem que a mera troca de informações não é o bastante" – destacou o chanceler russo, lembrando que Raqqa é considerada "a principal cidade do califado" proclamado pelo Daesh.
A cidade síria de Palmira foi oficialmente libertada da ocupação terrorista no domingo (27), mas a situação na região ainda continua instável. A libertação, que ocorreu mediante um forte apoio ao exército sírio da aviação russa e de milícias populares do país, pode se tornar um ponto de virada na luta contra o Daesh, já que a localização de Palmira abre caminho para Raqqa.
Especialistas divergem sobre o prazo de restauração de Palmira, de alguns anos até algumas dezenas de anos. Mais cedo, a diretora da UNESCO, Irina Bokova, disse ao presidente russo Vladimir Putin que a UNESCO está começando a elaborar projetos de preservação e restauração dos restantes monumentos da cidade antiga.