Em entrevista exclusiva à Sputnik, o novo presidente do Instituto Vital Brazil, o infectologista Edimilson Migowski, informa que o remédio feito com plantas está em fase inicial de pesquisa e conta com a parceria de pesquisadores das Universidades Federais do Rio de Janeiro (UFRJ) e Fluminense (UFF).
Segundo o médico, os resultados preliminares apontam para uma inibição de 100% o dengue tipo2, do mayaro vírus, que é uma espécie de primo-irmão do chikungunya e também do vírus da febre amarela. A pesquisa agora avalia a resposta do medicamento às virologias da dengue, zika e chikungunya.
“Estão em andamento algumas pesquisas envolvendo o zika vírus, o chikungunya e o dengue tipo 1, 3 e 4, e com isso nós temos esperança de poder lançar no mercado em um ano, um ano e meio, um produto natural que seja capaz de inibir a replicação desses vírus que são transmitidos pelo mosquito Aedes.”
“O fitomedicamento já vem sendo utilizado para fins de culinária. Não posso adiantar qual é o produto, mas realmente foram surpreendentes os resultados que nós observamos na fase pré-clínica, feita em cobaias. O próximo passo é fazer as análises em pessoas, em voluntários saudáveis, para ver se o produto é seguro, porque não é um produto que as pessoas nunca utilizaram. É um produto que já entra na culinária, e as pessoas não sentem nada quando fazem a ingestão dele. O perfil de segurança parece ser muito grande.”
O presidente do Instituto Vital Brazil informa que também será feita uma análise do produto em cobaias prenhas para ver a eficácia do medicamento na formação de filhotes, e futuramente poder indicar para gestantes, contra o zika vírus, que pode causar a malformação do cérebro do bebê.