Pentágono treina militantes islâmicos na Síria

© AFP 2023 / USMCFuzileiros navais norte-americanos em al-Qaim, perto da fronteira síria, oeste do Iraque
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O Pentágono admitiu que está treinando rebeldes sírios. O coronel do Exército americano Steve Warren disse a jornalistas na última sexta-feira que “dezenas de pessoas estão sendo treinadas”, sem revelar mais detalhes.

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Entretanto, oficiais americanos disseram à Reuters, sob condição de anonimato, que o treinamento vem acontecendo na Turquia.

Os esforços mais recentes são uma recauchutada no programa multimilionário anterior do Pentágono, que tinha como objetivo treinar milhares de rebeldes sírios para combater os jihadistas do Daesh.

O plano inicial, contudo, terminou após um escândalo, quando foi revelado que apenas um punhado de rebeldes permaneceram após o treinamento. A Radio Sputnik debateu as revelações mais recentes com o analista de Oriente Médio e editor da revista Politics First, Marcus Papadopoulos.

“Desde o fim de 2011 e início de 2012, quando o ocidente realmente começou a intervir na Síria, o ocidente projetou o mundo essa ideia de que a América honrada está armando e treinando combatentes pela liberdade da Síria”, disse o analista.

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“A realidade é que a América não é honrosa e as pessoas que os americanos vêm treinando nos últimos cinco anos na Síria não são combatentes pela liberdade, não são rebeldes. Eles são militantes. São militantes islâmicos. São terroristas. São as pessoas que vêm executando alguns dos crimes mais horríveis imagináveis não apenas contra sunitas na Síria, mas contra xiitas, judeus e cristãos.

Papadopoulos falou também sobre como os EUA têm um longo passado de parceria com islâmicos. Ele citou como exemplos o Afeganistão, a Bósnia e como os EUA mantinham contato com Osama bin Laden.

Sobre a Síria, o coronel Warren afirmou que os EUA não haviam aberto mão de seu objetivo de derrubar o governo de Bashar Assad. Os Estados Unidos também não pediram à Turquia que fechasse sua fronteira com a Síria, apesar de a Turquia ser uma grande aliada dos EUA.

“A estratégia americana na Síria é uma bagunça completa, é inteiramente caótica. Eles têm abertamente dito que seu objetivo é derrubar o Presidente Assad e o governo sírio. Isso, é claro, contradiz a carta da ONU e as leis internacionais, mas desde quando os americanos foram genuinamente comprometidos com a lei internacional e com a carta da ONU?”, indagou o analista.

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