A extradição do militante Alparslan Celik, que tinha assumido anteriormente a responsabilidade pelo assassinato do piloto Oleg Peshkov, é extremamente improvável segundo diz uma fonte judicial turca à agência RIA Novosti.
“Se a Rússia exigir a extradição de Celik, a Turquia provavelmente rejeitará… Além disso, a Rússia em dezembro do ano passado abandonou o tratado de prestação de ajuda jurídica mútua em processos civis, comerciais e penais com a Turquia, mas até ele não previa a extradição dos seus cidadãos por parte da Rússia e da Turquia”, disse o interlocutor da agência.
Até o momento nenhumas das acusações relacionadas com a morte do piloto russo foram apresentadas a Celik.
O advogado do Celik declarou que o seu cliente foi detido por “patriotismo”.
Segundo a mídia turca, Celik declarou durante o processo judiciário que pediu aos militantes que não atirassem contra o piloto, que se havia ejetado do avião militar russo.
A informação sobre a detenção de Celik surgiu em meio às declarações do presidente da Turquia Erdogan sobre a necessidade de relançamento do processo de cooperação entre os países para resolução dos problemas regionais.
As relações entre a Rússia e a Turquia se agravaram após 24 de novembro de 2015, quando um caça turco F-16 abateu um bombardeiro russo Su-24 no céu da Síria. Vladimir Putin classificou o abate como “um golpe nas costas” por parte de pessoas que apoiam os terroristas e assinou um decreto sobre a aplicação de restrições especiais contra a Turquia.