A nova modificação é significativamente maior do que o tamanho do seu antecessor. O comprimento do Marjata IV é de 126 metros, e a largura é 23,5 metros.
O novo navio deve entrar em serviço militar em meados de 2016, sendo que o porto de origem será o ‘Kirkenes’. Assim, em 2017 os militares norueguês planejam equipar o Marjata III com novos equipamentos e devolvê-lo ao estado de alerta militar, mudando o nome do navio para Eger.
Para a Noruega, como membro da OTAN, é importante a realização de atividades de inteligência nos mares do norte e o monitoramento dos submarinos russos, que são enviados para as águas do Ártico a partir de bases na Península de Kola, escreve o jornal.
De acordo com Niklas Wiklund, presidente da Sociedade Real da Marinha, a licitação para exploração é uma forma típica do Ocidente responder ao crescente poderio militar da Rússia. A tática clássica sempre foi de não participar da corrida armamentista, mas reunir o máximo de informação possível sobre potenciais adversários.
O especialista militar, coronel aposentado Viktor Litovkin, corrobora com a tese de que a Noruega busca aprimorar a inteligência para observar o poderio russo, argumentando que “o navio Marjata não possui armas ou mísseis, não há nada, exceto o equipamento eletrônico de alta qualidade, a alta qualidade do sistema de sonar e um sistema de radar”.
“Existem diferentes tipos de espionagem. Existe a espionagem por emissários, mas esta diz respeito à espionagem através da alta tecnologia. A espionagem sempre representa uma ameaça para nós, é válido reagir e é preciso ser um marinheiro cauteloso durante a realização de treinamentos de combates”, afirmou o especialista.
Já o historiador militar, Lars Gyllenhaal, declarou que a atualização da Marinha norueguesa representa que a Noruega e a OTAN enxergam a Rússia como um potencial adversário forte:
"A Rússia realizou programa de armamento de grande escala. Agora, novos sistemas precisam ser testados. Quando um país atinge um determinado nível, os outros estão interessados em observar o que está acontecendo. Tudo isso está interligado. Com a ajuda da rádio-eletrônica é possível analisar a inteligência do seu oponente".
Como membro da OTAN, a Noruega participa regularmente em exercícios marítimos e terrestres internacionais, incluindo perto da fronteira com a Rússia.