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Ato contra impeachment no Rio reuniu artistas e intelectuais
Ato contra impeachment no Rio reuniu artistas e intelectuais
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A presidenta Dilma Rousseff, após superar o processo de impeachment, deverá governar dando mais importância aos movimentos sociais. A tese foi defendida na... 05.04.2016, Sputnik Brasil
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Ato contra impeachment no Rio reuniu artistas e intelectuais
00:18 05.04.2016 (atualizado: 08:27 20.11.2021) A presidenta Dilma Rousseff, após superar o processo de impeachment, deverá governar dando mais importância aos movimentos sociais. A tese foi defendida na noite desta segunda-feira (4) por diversas lideranças políticas, artísticas e religiosas, reunidas em um ato contra o impeachment intitulado Brasil Pela Democracia.
O encontro ocorreu no Teatro Casa Grande, tradicional palco de lutas e resistência histórica contra a ditadura militar, na zona sul do Rio.
O teólogo e escritor Leonardo Boff disse que Dilma deve fazer uma coalizão com os movimentos sociais, em sintonia com as demandas que vêm das ruas, por avanços no campo popular.
“A Dilma terá que mudar e governar com os seus aliados que estão aí, que são uma rede imensa de comunidades, o que será uma chance de organizarmos um futuro diferente para o nosso país. É possível [o fortalecimento do governo] se ela fizer outro tipo de coalizão, não a partidária, pois essa ela vai ter que fazer, para funcionar minimamente o governo. Mas a grande coalizão tem que ser com os movimentos sociais, que apoiam as mudanças para responder aos gritos da população, que não quer mais saber de uma política de negociatas, mas a refundação do Brasil em novos valores, que colocam o bem comum no centro e não a macroeconomia capitalista”, disse Boff.
O líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, por outro lado, disse que, caso a direita consiga consolidar o impeachment, os movimentos sociais ocuparão as ruas. “O MST e todos os movimentos populares vão para as ruas, ficar em vigília permanente para inviabilizar o golpe. Não basta eles tirarem a Dilma e colocarem o Temer. Isso não é solução para nada. Nós estaremos mobilizados para que não haja ruptura da democracia no Brasil.”
Também participaram do ato as atrizes Bete Mendes e Teresa Seiblitz, a cantora Beth Carvalho, o reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Leher, o presidente estadual do PT e prefeito de Maricá, Washington Quaquá, a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, o babalorixá Ivanir dos Santos, o ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, entre outros, informou Agência Brasil.