Pelo menos 57 brasileiros já relacionados na investigação aberta pela Polícia Federal estariam ligados a mais de 100 dessas empresas criadas em paraísos fiscais. Da lista constam o usineiro e ex-Deputado Federal João Lyra (PTB-AL) e o ex-ministro das Minas e Energia Edison Lobão (PMDB-MA).
A assessoria do presidente da Câmara divulgou nota oficial em que nega que Cunha seja proprietário de qualquer offshore no exterior. “O Presidente Eduardo Cunha desmente, com veemência, essas informações e desafia qualquer um a provar que tem relação com companhia offshore”, diz a nota.
A citação do nome de Cunha na lista agrava as acusações ao presidente da Câmara, que responde a 22 processos e a três inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), por corrupção e lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação Lava Jato. Entre os processos estão manobras no Conselho de Ética, acusação de recebimento de pagamento de US$ 5 milhões por favorecimento na construção de um navio-sonda para a Petrobras e manutenção de recursos em uma conta secreta na Suíça, no valor de US$ 2,4 milhões. Por várias vezes, Cunha também desmentiu essas denúncias.
Para Cattoni, o acúmulo de notícias que chegam já não mais surpreende.
“O grande problema do Brasil é que, se você tira um, o que vem depois é tão ruim quanto. Isso no final, quando a gente tiver superado todo esse processo, vai ser bom para o Brasil, vai expurgar os males. É um sinal de alerta como um tijolo que está caindo na cabeça dos brasileiros”, finaliza Cattoni.