De acordo com a publicação, especialistas da Rosaviatsia (Agência Federal de Transporte Aéreo da Rússia) e do Comitê Internacional de Aviação conseguiram reconstituir em colaboração com o Comitê Investigavo a crônica dos acontecimentos que antecederam o acidente.
Ao se preparar para o pouso, a uma altura de 1500 metros, o piloto do Boeing decidiu dar uma segunda volta por conta de uma mudança de vento. No entanto, ao alcançar a zona de espera de 2500 metros, a formação de gelo na fuselagem obrigou a aeronave a ganhar mais altitude, subindo até 4550 metros.
A catástrofe aconteceu por motivos desconhecidos quando, em meio a uma segunda tentativa de pouso, o piloto decidiu dar uma nova volta ao atingir a altitude de cerca de 1000 metros. Na tentativa de retomar altitude em regime manual, o estabilizador entrou em regime de "mergulho", forçando a aeronave para baixo.
"A uma altitude de cerca de 1000 metros, o avião começou a baixar e, tombando para o lado esquerdo, caiu sobre a pista de pouso" – diz o artigo.
De acordo com os registadores de voo, não houve indícios de falha nos sistemas ou de perda de potência da aeronave. Dessa forma, sobraram duas hipóteses para explicar o acidente: problema com o sistema do Boeing ou discordância nas ações da tripulação.
Especialistas destacam que mudanças locais de vento (tanto de direção como de velocidade) são fenômenos difíceis de prever e podem afetar de forma significativa as decolagens e os pousos das aeronaves, influindo ainda sobre a intensidade das turbulências. Assim, uma mudança de vento pode provocar a perda de controle de um avião.
Em 19 de março, um Boeing 737-800 da companhia FlyDubai explodiu durante a aterrissagem no aeroporto russo de Rostov-no-Don, matando todas as 62 pessoas a bordo. A comissão de inquérito segue investigando o caso.