Em pronunciamento durante a inauguração do Estádio Aquático Olímpico, no Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro, Dilma defendeu que a realização dos das Olimpíadas de 2016 na cidade é um exemplo para todo o Brasil de que com diálogo e parceria é possível fazer o país voltar a crescer.
“Eu acho que, hoje, no Brasil, tem um certo clima — que não chamo de mau humor — que eu chamo de quanto pior melhor. Acho que um clima de quanto pior melhor não interessa ao país, não interessa à necessária estabilidade econômica e política do país. Se nós somos capazes de fazer uma Olimpíada, uma Paraolimpíada, somos capazes de fazer também o nosso país voltar a crescer. Para isso, um elemento é fundamental: o elemento da convergência, do diálogo e da parceria. Esse é um símbolo e um exemplo para o Brasil de que é possível fazer, quando pessoas de bem se unem em prol do bem do povo brasileiro”.
De acordo com a presidenta, no que diz respeito à preparação para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, são poucas as obras que faltam a ser entregues, e, graças aos esquemas de segurança que estão sendo montados, não há dúvidas de que os eventos ocorrerão na mais perfeita harmonia.
“Nós temos a segurança em dia, e isso significa também um grande acúmulo que nós tivemos durante a Copa do Mundo, quando tivemos 12 Centros de Comando e Controle. A segurança estando em dia significa que nós teremos essa Paraolimpíada e a Olimpíada da mesma forma que tivemos a Copa, com paz e tranquilidade”.
Ao lado de Dilma, também estiveram presentes na cerimônia desta sexta-feira o vice-governador do Rio de Janeiro, Francisco Dornelles, o prefeito da cidade, Eduardo Paes, atletas, membros do Comitê Olímpico Brasileiro e os ministros da Ciência e Tecnologia e Inovação, Celso Pansera, e da Saúde, Marcelo Castro, que, mesmo sendo do PMDB, decidiram permanecer em suas pastas após o rompimento do seu partido com a base do governo.
Tentando acalmar os ânimos dos mais preocupados com a possibilidade de uma epidemia de zika ou de outras doenças causadas pelo Aedes Aegypti durante as Olimpíadas, Castro aproveitou a oportunidade para falar sobre as ações de combate que estão sendo adotadas contra o mosquito, principalmente nas instalações olímpicas, e para garantir que o Ministério da Saúde também está preparado para outros tipos de ameaças durante o evento.
“Nós estamos preparados para qualquer ameaça que venha do campo químico, biológico, radiológico e nuclear, com 1700 pessoas treinadas e preparadas para […] operar conjuntamente. É claro que nós estamos vivendo um momento crítico de transmissão de doenças como a dengue, a chincungunya e o zika vírus. Nós estamos fazendo aqui uma ação conjugada à Prefeitura Municipal e ao Governo do Estado. Essas ações estão sendo intensificadas. Inclusive, baixamos uma portaria para contratar mais agentes de combate às endemias. Nós esperamos que possamos ter sem nenhuma dúvida uma Olimpíada e uma Paralímpiada bastante cuidadas e protegidas do ponto de vista da saúde”.
O Ministério da Saúde entregou nesta sexta-feira 146 ambulâncias de UTI móvel ao Governo do Rio de Janeiro para servir aos turistas e atletas durante os Jogos Rio 2016 e nos eventos pré-olímpicos.