"Isso não tem absolutamente nada a ver com a China" — disse Carter, em discurso no Conselho de Relações Exteriores em Nova York.
Ele explicou que os sistemas serão instalados na Coreia do Sul e que a medida é necessária para garantir a segurança diante do "comportamento imprevisível da Coreia do Norte". Ainda segundo ele, Washington gostaria, inclusive, que a China cooperasse com os EUA com relação a este problema, ou que promovesse um diálogo direto com Pyongyang, colocando em primeiro lugar a questão do programa de mísseis da Coreia do Norte.
No começo de março, os EUA e a Coreia do Sul chegaram a um acordo inicial para implantar o sistema de defesa antimísseis THAAD na Coreia do Sul, em resposta às ações provocativa de Pyongyang. O plano foi duramente rechaçado pela China, alegando que o sistema THAAD representa ameaça aos seus interesses de segurança.
A situação na península coreana começou a piorar após os EUA terem intensificado os esforços de implantação de armamentos estratégicos na Coreia do Sul, em resposta às recentes violações de resoluções da ONU por parte da Coreia do Norte, que realizou um teste nuclear e o lançamento de mísseis balísticos de longo alcance.
Em 7 de março 17 mil militares norte-americanos e 300 mil soldados sul-coreanos deram início a amplos exercícios militares em território sul-coreano. Apesar de serem realizados anualmente e de terem sido previamente programados, os exercícios foram voltados para uma possível eliminação da ameaça nuclear de Pyongyang, acirrando ainda mais a crise na região.