Segundo o Tashtekin, existência da ‘linha vermelha’ turca em relação aos curdos dificulta o processo de liberação das regiões sírias sob controlo do Daesh:
“Os Estados Unidos estão diminuindo a atividade na Síria por algum tempo, para acalmar a Turquia. Mas a situação mudou. Depois do triunfo do Exercito sírio apoiado pela Rússia em Palmira, os americanos desejam alcançar uma vitória comparável, para manter o controlo da situação e permanecer em jogo”.
No final de março, as tropas sírias, apoiadas por milícias antiterroristas e pela Força Aeroespacial russa, recapturaram a cidade histórica de Palmira, que estava sob o controle do Daesh (autodenominado Estado Islâmico) desde maio de 2015.
“Primeiro, é uma tentativa de tranquilizar a Turquia, porque a sua atividade na região causa receios. Segundo, os EUA percebem que os curdos sírios não lhes são completamente leais. Eles querem colaborar com os EUA e com a Rússia simultaneamente. Por seu lado, os Estados Unidos fazem uso de vários estratagemas para não permitir a aproximação dos curdos com a Rússia. Entretanto, Washington não tem muito por onde escolher. Os EUA têm sempre feito coisas muito polêmicas para fortalecer suas posições na região. Por exemplo – essa aventura do treinamento e equipamento da oposição moderada. Mas agora, eles dão-se conta pouco a pouco de que os esforços são infrutíferos”, conclui o jornalista.