“O que nós tivemos na noite deste domingo, 17 de abril, foi a verdadeira consolidação do golpe tramado contra a Presidenta Dilma Rousseff. E, agora, o próximo alvo será o ex-Presidente Luíz Inácio Lula da Silva. Foi uma grande aliança do Presidente da Câmara, Eduardo Cunha, com o Vice-Presidente Michel Temer mais o grande capital, setores do Poder Judiciário e alguns órgãos da grande mídia. Além disso, tivemos a mudança de posição de vários parlamentares: partidos que estavam fechados com o governo registraram a mudança de opinião de vários parlamentares. Para nossa decepção, até sábado, estes parlamentares estavam conosco. Mas, no domingo, houve a mudança de posição. Em resumo, foi isso o que aconteceu: uma grande aliança de extrema direita e um forte espírito de corpo. Ou seja, o jeito Eduardo Cunha de fazer política.”
Após aprovação na Câmara, o processo de impeachment segue para análise do Senado, que instalará uma comissão especial para analisar a denúncia. A comissão, em seguida, emitirá um parecer a favor ou contra a instauração de um processo contra Dilma Rousseff.
Depois disso, os senadores votam pela abertura ou pelo arquivamento do processo de impeachment. São necessários 41 votos (de 81 membros do Senado) para que o processo seja instaurado formalmente e Dilma Rousseff seja afastada do cargo.