O The New York Times destacou a vantagem obtida pelos deputados pró-impeachment, que chegaram aos 342 votos necessários para dar seguimento ao processo. O jornal norte-americano lembra que o processo depende agora do Senado Federal e também relata a comemoração de manifestantes favoráveis à saída de Dilma em atos espalhados pelas principais cidades do país.
O francês Le Monde destacou a ligação entre Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse que a derrota na Câmara mostra que a presidenta "tem poucas chances de terminar o mandato". O jornal destaca que Dilma é alvo do processo pela acusação de crime de responsabilidade pelas chamadas pedaladas fiscais, mas que o recurso também foi usado pelos presidentes que a antecederam.
Na página do El País, a manchete principal é a decisão da Câmara dos Deputados brasileira, que o jornal chama de “início da destituição de Dilma Rousseff”.
O Clarín, da Argentina, citou falas de deputados contra o governo ao longo da sessão. O também argentino La Nación informou que o resultado desta noite na Câmara representa “um duro golpe” para o governo e que Dilma, primeira mulher a presidir o Brasil, também poderá ser a primeira a ser destituída do poder na América Latina neste século.
A imprensa norte-americana, em geral, deu grande destaque à autorização para a abertura do processo de impeachment pelo Senado contra a presidenta Dilma Rousseff.
A rede de televisão CBS News também deu enorme destaque à notícia de que a Câmara dos Deputados aprovou, em votação, a acusação de que a presidenta Dilma Rousseff utilizou erradamente verbas de bancos estatais. A acusação, segundo a rede de televisão, fortaleceu o argumento de que a ação contra Dilma “é um golpe”. A CBS afirmou que Dilma “não foi acusada de qualquer crime ou implicada em nenhum escândalo de corrupção”. No entanto, segundo o noticiário, Dilma perdeu politicamente, pois não conseguiu garantir o apoio necessário na Câmara.
A rede de televisão CNN informou que, depois de mais de cinco horas de votação, a Câmara dos Deputados votou pela autorização ao Senado para abrir o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.