O movimento cita, no seu site, o exemplo do Brasil, qualificando o processo de impeachment, aprovado pela Câmara dos Deputados no domingo, de "o primeiro — decisivo — passo para o golpe de Estado".
No comunicado, o movimento insiste que a vontade de dezenas de milhões de brasileiros que elegeram Dilma Rousseff em 2014 "não é respeitada".
Para a Patria Grande, movimento argentino que faz alusão a toda a comunidade hispano-americana, se trata de um "novo formato para os mesmos objetivos: alinhar os países da América Latina e o Caribe com a estratégia dos EUA".
Este alinhamento tem sido impedido, frisa o comunicado, pela atuação da ALBA, Unasul e CELAC, mecanismos que o movimento considera como "freios" das ambições do "império" da América do Norte.
Agora, a estratégia é a do "golpe brando", alerta o grupo, explicando que a mesma consiste na articulação entre a mídia privada, setores do Poder Judiciário e parlamento.
No momento, o Senado tem nove dias para criar uma comissão que emitirá parecer sobre arquivamento ou não do pedido de impeachment aprovado na Câmara. Se este tiver continuação, os senadores irão votar a favor ou contra. Um mínimo de 41 senadores é preciso para que a decisão sobre o afastamento seja tomada. Se a votação for a favor do impeachment, a presidente Dilma Rousseff vai ter que se afastar do cargo por 180 dias, assumindo o vice Michel Temer.