No Brasil, a presidente do Sindicato dos Jornalistas do Município do Rio de Janeiro, Paula Mairan, falando com exclusividade à Sputnik, afirmou que a expulsão de Kerimov é resultado dos muitos sinais que surgem hoje em várias partes do mundo, de retrocesso da liberdade de imprensa e de expressão.
“Há uma disputa de forças muito pesada envolvendo os interesses do grande capital, que põem Estados a seu serviço e que, de alguma forma, criam modelos de ditaduras que ameaçam a democracia e a liberdade de imprensa”, diz Paula.
“No caso da Turquia em especial, já vinha acompanhando esse processo de fechamento, cada vez mais, do espaço para o exercício do jornalismo voltado para o interesse público e autônomo. Lamento profundamente e manifesto meu repúdio [a essa atitude] e minha solidariedade ao colega que foi expulso e a toda a nossa categoria representada naquele país e sufocada hoje nas suas condições de trabalho. E me somo a todos os jornalistas do mundo e a toda a sociedade – porque esta questão não é só da nossa categoria – a uma luta que precisamos organizar melhor e levar à frente para resistir a toda essa movimentação de abafamento do nosso papel na sociedade.”
A Associação Nacional de Jornais (ANJ) também enviou a seguinte nota de apoio à Sputnik Turquia, assinada pelo secretário-executivo Ricardo Pedreira:
“A ANJ lamenta e condena toda e qualquer iniciativa de cercear a liberdade de expressão, seja dentro ou fora do Brasil.”