O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, chega nesta quinta-feira (21) com uma visita oficial à Rússia. Antes, o serviço da imprensa do Kremlin tinha informado que Putin e Netanyahu discutirão os principais problemas no Oriente Médio, bem como a cooperação bilateral russo-israelense.
"Durante as conversações os líderes dos Estados vão discutir os principais temas da cooperação bilateral, também estão na pauta os temas mais importantes da agenda regional e internacional, em particular, as perspectivas do reinício do processo de paz palestino-israelense e a situação na Síria", disse o serviço da imprensa.
Ele observou também que a reunião acontecerá num formato estreito, bem como nenhum acordo será assinado.
A visita de Netanyahu a Moscou acontecerá alguns dias depois da viagem à Rússia do presidente palestino Mahmoud Abbas, que em 18 de abril discutiu com Putin a iniciativa francesa de convocar uma conferência internacional sobre o Oriente Médio. No entanto, as próprias partes do conflito não atribuem grande importância para a coincidência das visitas. O ministro das Relações Exteriores da Palestina Riyad al-Maliki, em entrevista à agência Sputnik chamou o fato de uma casualidade.
"Eu não acho que a visita de Netanyahu está relacionada com a questão de Palestina. O fato que as datas das visitas quase coincidiram é uma casualidade. Espero que a visita de Netanyahu esteja relacionada com a situação na Síria, em particular, a coordenação russo-israelense a fim de evitar conflitos no espaço aéreo da Síria <…> Israel quer ter a garantia que o período de transição na Síria não será uma ameaça para Israel. As negociações entre os israelenses e palestinos é a última coisa sobre que Netanyahu está pensando neste momento”, disse al-Maliki.
"Netanyahu sabe que a Rússia tem um papel fundamental nas conversações em Genebra, no período de transição e no cessar-fogo [na Síria]", observou o diplomata.