Nas sanções europeias anti-russas quem dá as cartas é Washington

© Sputnik / Наталья Селиверстова / Acessar o banco de imagensCasa Branca, Resdência oficial do Presidente dos EUA
Casa Branca, Resdência oficial do Presidente dos EUA - Sputnik Brasil
Nos siga no
Qualquer que seja a opinião dos empresários europeus sobre as sanções anti-russas, os lideres da União Europeia não têm determinação suficiente para abandonar estas medidas porque têm medo de seus países se tornarem, em resposta, alvos de multas estadunidenses.

Na opinião de diversos jornalistas alemães, Berlim está enfrentando cada vez mais dificuldades de convencer outros países da UE da necessidade de prolongar as sanções contra a Rússia. A Hungria e a Grécia sempre tiveram dúvidas desde o início sobre esta questão, e agora a Áustria e a Itália defendem a ideia de sanções menos duras, diz um artigo na edição Wirtschaftswoche.

Assembleia Nacional em Paris, 3 de novembro, 2015 - Sputnik Brasil
França vota para conservar ou revogar sanções antirrussas
Os analistas admitem que até os alemães não são unânimes em apoiar seu governo, existindo uma divisão entre ocidente e o leste do país. Os primeiros avaliam a abordagem de Berlim no que tange às relações com Moscou como moderada, enquanto os últimos chegam cada vez mais à conclusão que a posição do governo é dura demais.

Entretanto, não há dúvida que, se a Europa atenuar as sanções, se seguirão determinadas medidas por parte dos Estados Unidos. A situação será igual àquela que ocorreu no caso com Irã, quando os EUA ameaçaram aplicar multas a todos que ousassem contornar as restrições. Naquela situação, muitas empresas que tinham parceiros tanto iranianos como estadunidenses, desistiram da cooperação com Teerã, evitando afetar suas relações com Washington, sublinha o jornal.

Setor de alimentos é um dos mais afetados na Europa devido às sanções antirrussas - Sputnik Brasil
Banco Mundial: sanções contra Rússia continuarão em vigor até 2018

‘Portanto, enquanto a Casa Branca pretender continuar a política de sanções em relação à Rússia, Washington terá sempre possibilidades de ordenar indiretamente à Europa que continue com a retórica dura frente ao Kremlin, independentemente do desejo dos próprios europeus de prolongar ou não as sanções’, resume a edição.

As relações entre a Rússia e o Ocidente deterioraram-se por conta da situação na Ucrânia. Em julho de 2014, a UE e os Estados Unidos aplicaram sanções pontuais contra certos indivíduos e empresas da Rússia. Em seguida, foram implementadas medidas restritivas a setores inteiros da economia russa. Em resposta, a Rússia restringiu a importação de produtos alimentares de países que impuseram as sanções. Moscou tem afirmado repetidamente que não tem interferência no conflito interno ucraniano e possui interesse na resolução pacífica do confronto.

Feed de notícias
0
Para participar da discussão
inicie sessão ou cadastre-se
loader
Bate-papos
Заголовок открываемого материала