Em entrevista para comentar as negociações ao longo do dia, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Armando Monteiro, voltou a defender um acordo automotivo de livre comércio com os vizinhos. No entanto, Monteiro reconheceu que a renovação no curto prazo deve novamente basear-se em cotas de comércio. Ele expressou otimismo com a possibilidade de conseguir um "ajuste" e "condições equilibradas" em relação às que estão vigorando atualmente.
O acordo atual prevê o sistema flex, em que o Brasil pode vender com isenção de impostos no máximo US$ 1,5 para cada US$ 1 importado do país vizinho. O governo brasileiro gostaria de ver essa margem ampliada, mas os argentinos resistem.
A próxima reunião da Comissão Bilateral Brasil-Argentina está prevista para junho. De acordo com Armando Monteiro, além das discussões sobre o acordo automotivo, foram lançadas oficialmente nesta segunda-feira as negociações para um protocolo de compras governamentais no âmbito do Mercosul.