A agência de comunicação observa que esta iniciativa surge na sequência de um incidente que ocorreu em 12 de abril, quando três helicópteros militares russos se aproximaram da fronteira lituana e alegadamente violaram o espaço aéreo do país. No entanto, apesar do fato de alguns recrutas da guarda de fronteiras da Lituânia terem alegado testemunhar essa intrusão com seus próprios olhos, os militares do país declararam que seus radares não detectaram quaisquer alvos aéreos entrando no espaço aéreo do país naquela data.
Enquanto isso, alguns lituanos começaram a expressar dúvidas sobre a veracidade dos relatos alarmantes. Romualda Poševeckaja, política lituana integrante do conselho da cidade de Vilnius, disse ao portal Lenta.ru que a guerra contra os "fantasmas de homenzinhos verdes" travada pelas autoridades da Lituânia se assemelhava cada vez mais a uma espécie de alucinação em massa.
"A mania de espionagem no país está em ascensão; as pessoas começam a imaginar espiões russos debaixo de suas camas. Por exemplo, recentemente os professores lituanos que realizaram uma manifestação exigindo melhores salários foram rotulados como agentes russos. Escolas da Igreja Ortodoxa Russa e escolas russas também foram rotuladas como uma ‘quinta coluna’ pelos serviços de segurança… E além disso há as alegações de que criticar as autoridades durante a guerra de informação em curso prejudica as fundações do país", disse ela.
No entanto, segundo Poševeckaja, o mais provável é que esta política de assustar a população de forma irresponsável provoque o efeito contrário, a saber, o de minar a confiança pública nas instituições governamentais e nos serviços de segurança do país.