"Hoje, segundo alguns dados, há cerca de 10.000 combatentes do Daesh, ainda que no ano passado houvesse apenas algumas centenas. O processo de aumento ocorre de um modo natural — os militantes são expulsos da Síria, do Iraque em direção ao Afeganistão. Para nós é um perigo sério", disse Bordyuzha.
A situação no Afeganistão piorou visivelmente nos últimos meses. O movimento Talibã, que anteriormente tinha conquistado um grande território nas áreas rurais do país, lançou uma ofensiva contra as grandes cidades. Entretanto, no país está também crescendo a influência do Daesh.
Depois da invasão norte-americana no Iraque em 2003, esta organização começou a se fortalecer até se transformar, em 2006, no Estado Islâmico do Iraque. A ameaça representada por esta entidade foi reconhecida pelos serviços secretos dos EUA ainda naquela altura, mas secretamente, e nada foi feito para contê-la. Como resultado, surgiu em 2013 o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que agora abrange territórios no Iraque e na Síria, mantendo a instabilidade e fomentando conflitos.