Aniversário triste – 30 anos de Chernobyl

© AFP 2023 / SERGEI SUPINSKYA placa indica perigo radioativo ao lado de cricifixo perto da usina nuclear de Chernobyl
A placa indica perigo radioativo ao lado de cricifixo perto da usina nuclear de Chernobyl - Sputnik Brasil
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Dia internacional de memória das vítimas de acidentes e desastres nucleares é comemorado no dia 26 de abril na Rússia desde 2012.

Hoje, 26 de abril de 2016, o mundo inteiro recorda a maior tragédia nuclear do século XX, que ocorreu na cidade soviética de Pripyat três décadas atrás – a explosão do reator da usina nuclear à 01h 23 min 40 seg da madrugada (horário de Moscou). O estouro do 4º bloco energético no decorrer dos testes de um dos sistemas de segurança resultou na destruição completa da zona ativa do reator, assim como na parte de cima do prédio. Outras infraestruturas ficaram danificadas de forma crítica, entre estas as barreiras e sistemas de proteção do meio ambiente dos nuclídeos radioativos contidos no combustível irradiado.

As emissões intensivas de produtos de cisão de combustível nuclear do reator destruído continuaram durante 10 dias, atingindo o nível de milhões de curie, de 26 de abril a 6 de maio, quando desceu acentuadamente.

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Em resultado da tragédia, um território de 207,5 mil km quadrados, pertencente a 17 países europeus ficou contaminado, dos quais 59 mil km quadrados atualmente fazem parte da Rússia, 37 – da Ucrânia, 43 – da Bielorrússia, os demais 60 – de países fora da União Soviética. Mais de 400 mil pessoas foram reassentadas, mas milhões continuaram a viver num ambiente onde a exposição residual criou uma série de efeitos adversos. Só na Rússia foram atingidas três milhões de pessoas em 14 regiões.

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As nuvens radioativas chegaram até ao Japão, Canadá e EUA. Milhões de pessoas foram atingidas de uma ou de outra maneira pela tragédia. A maioria da população do hemisfério norte foi exposta a radiação em doses diferentes.

Mais de 200 funcionários da usina, presentes no local no momento da explosão e bombeiros, que chegaram logo depois, foram diagnosticados com envenenamento radioativo, dos quais 28 morreram nos meses seguintes.

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O acidente foi um dos dois únicos classificados como evento de nível 7 (classificação máxima) na Escala Internacional de Eventos Nucleares, o outro foi o desastre de Fukushima, no Japão, em 2011.

Elogiando a coragem e a dedicação das pessoas envolvidas na liquidação das consequências do acidente, o presidente russo Vladimir Putin recordou em uma mensagem que lhes enviou, que o acidente foi "uma lição muito importante a toda a humanidade, as consequências do desastre continuam, como um eco ameaçador, se abatendo sobre meio ambiente e na saúde pública."

“Sem a mínima dúvida, chamamos estas pessoas de verdadeiros heróis e inclinamos nossas cabeças em memória dos falecidos,” resume o presidente.

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