Hoje, 26 de abril de 2016, o mundo inteiro recorda a maior tragédia nuclear do século XX, que ocorreu na cidade soviética de Pripyat três décadas atrás – a explosão do reator da usina nuclear à 01h 23 min 40 seg da madrugada (horário de Moscou). O estouro do 4º bloco energético no decorrer dos testes de um dos sistemas de segurança resultou na destruição completa da zona ativa do reator, assim como na parte de cima do prédio. Outras infraestruturas ficaram danificadas de forma crítica, entre estas as barreiras e sistemas de proteção do meio ambiente dos nuclídeos radioativos contidos no combustível irradiado.
As emissões intensivas de produtos de cisão de combustível nuclear do reator destruído continuaram durante 10 dias, atingindo o nível de milhões de curie, de 26 de abril a 6 de maio, quando desceu acentuadamente.
As nuvens radioativas chegaram até ao Japão, Canadá e EUA. Milhões de pessoas foram atingidas de uma ou de outra maneira pela tragédia. A maioria da população do hemisfério norte foi exposta a radiação em doses diferentes.
Mais de 200 funcionários da usina, presentes no local no momento da explosão e bombeiros, que chegaram logo depois, foram diagnosticados com envenenamento radioativo, dos quais 28 morreram nos meses seguintes.
Elogiando a coragem e a dedicação das pessoas envolvidas na liquidação das consequências do acidente, o presidente russo Vladimir Putin recordou em uma mensagem que lhes enviou, que o acidente foi "uma lição muito importante a toda a humanidade, as consequências do desastre continuam, como um eco ameaçador, se abatendo sobre meio ambiente e na saúde pública."
“Sem a mínima dúvida, chamamos estas pessoas de verdadeiros heróis e inclinamos nossas cabeças em memória dos falecidos,” resume o presidente.