A descoberta, publicada na revista Science Advances, foi feita por um grupo de cientistas liderados por professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF). O recife, com cerca de 9.500 km², entre 30 e 120 metros de profundidade, abriga uma série de espécies variadas, bem diferentes das encontradas em outras áreas.
De acordo com o Gizmodo, essa estrutura encontrada na região onde a água do rio Amazonas se encontra com a do oceano Atlântico é conhecida como recife biogênico, "um conjunto de animais, plantas e micróbios que vivem nas profundezas e mineralizam esqueletos de calcário ou sílica". Em entrevista ao site, o oceanógrafo Fabiano Thompson, da UFRJ, explica que esse tipo de recife vem sendo encontrado com mais frequência nos últimos anos, mas o da foz do Amazonas possui características especiais.
“Este é o primeiro recife quimiossintético que usa minerais – como amônia e enxofre – para sustentar o recife, em vez de luz e produção primária”, diz o especialista, citado pelo Gizmodo. “Isso poderia tornar o sistema bastante único”.