O Ministerio do Interior da Ucrânia anteriormente avisou que as forças de segurança tinham recebido a permissão de abrir fogo no caso de "atos agressivos com armas". O conselheiro do ministro, Zoryan Shkiryak, frisou que as unidades estão em alerta máxima.
Os representantes de Azov, formado em 2014 como batalhão voluntário para reprimir a rebelião popular em Donbass e que adquiriu a fama de unidade com concentração de neonazistas, disseram a jornalistas que regimento tinha chegado a Odessa para participar nos treinamentos antiterroristas, mas também está pronto a cumprir "ordens de qualquer gravidade".
Mais cedo, Mikheil Saakashvili, atual governador da região de Odessa e ex-presidente da Geórgia, declarou que o presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko, tinha mandado enviar para Odessa adicionalmente mais uma mil de funcionários da policia e da guarda nacional para "defesa da ordem pública". Depois o conselheiro Zoryan Shkiryak desmentiu está informação e pediu que parassem a histeria.
Nesta terça-feira (26) os desconhecidos bateram os manifestantes, que desde o dia 13 de abril estão fazendo o comício permanente perto da Câmara Municipal de Odessa contra o atual governador da cidade. Além disso, um dos bancos foi bombardeado com lança-granadas. Mikheil Saakashvili viu nestes acontecimentos um sinal de contrarrevolução iminente e declarou que ia pedir ao presidente ajudar "pôr em ordem" a cidade.
A situação em Odessa ficou muito tensa na véspera do aniversário da tragédia do dia 2 de maio de 2014.
Em 2 de maio de 2014, dezenas de ativistas do movimento de protesto contra o golpe ocorrido em Kiev e o novo governo pró-europeu da Ucrânia morreram no edifício da Casa dos Sindicatos de Odessa, que supostamente teria sido incendiado por extremistas radicais do Setor de Direita e os seus cúmplices. Segundo os dados oficiais, a tragédia causou 48 mortes e mais de 250 feridos.