Europa pode revogar sanções antirrussas em junho, diz fonte

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Alguns países da União Europeia vão propor, na cúpula da organização em junho, a revogação das sanções contra a Rússia. Em particular, a Grécia apoia a abolição das medidas restritivas mas, caso for aprovada a prolongação delas, ela não irá usar o seu poder de veto, disse uma fonte diplomática em Atenas à agência RIA Novosti.

Muitos países europeus estão associando a revogação das sanções com a implementação dos acordos de Minsk. No entanto, segundo a fonte, os países europeus começaram a perceber que quem deve cumprir os acordos é a Ucrânia. "Claro que existe uma pressão sobre Kiev nesta questão, mas nós queremos tomar medidas para terminar o processo mais rápido", disse a fonte à agência.

"A Itália afirmou que em junho não vai prolongar automaticamente as sanções contra a Rússia e pensa discutir este assunto com outros países que se opõem à prolongação das medidas, como a França, a Alemanha, a Áustria. Mas tem o outro lado do problema. Os Estados Unidos, onde vão ocorrer em breve as eleições presidenciais. O presidente Barack Obama deixa o cargo para um outro presidente. Mas a UE não precisa aguardar o próximo presidente estadunidense para retirar as sanções”, compartilhou a fonte, acrescentando que "a atitude da Europa está mudado".

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Respondendo à pergunta sobre o possível uso do poder de veto pela Grécia, caso a maioria dos membros da UE decida prolongar as sanções, a fonte disse: "A Grécia não vai usar o seu poder de veto e vai tentar agir de maneira diferente".

Segundo ele, o anfitrião deve usar o poder de veto com cautela. Em particular, Atenas nunca tinha usado o direito de veto, mesmo na cúpula de OTAN em Bucareste, quando a Grécia bloqueou o convite à antiga República jugoslava da Macedônia para assinar o Plano de Ação de adesão à OTAN.

"Do ponto de vista técnico, naquela altura em Bucareste a Grécia não usou o poder de veto, mas nós criamos tais condições durante a cúpula que a questão foi retirada da pauta", disse o diplomata.

De acordo com ele, a Grécia pretende agir da mesma maneira nesta vez. "Estamos aguardando os discursos dos outros países para entender o espírito da cúpula, somente depois a Grécia vai agir", acrescentou ele.

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As relações entre a Rússia e o Ocidente deterioraram-se por conta da situação na Ucrânia. Em julho de 2014, a UE e os Estados Unidos aplicaram sanções pontuais contra certos indivíduos e empresas da Rússia. Em seguida, foram implementadas medidas restritivas a setores inteiros da economia russa. Em resposta, a Rússia restringiu a importação de produtos alimentares de países que impuseram as sanções. Moscou tem afirmado repetidamente que não realiza nenhuma interferência no conflito interno ucraniano e possui interesse na resolução pacífica do confronto.

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