Para isso, seria necessário que o Poder Executivo encaminhasse uma Proposta de Emenda Constitucional ao Legislativo e solicitasse urgência na tramitação desta PEC.
A Rádio Sputnik Brasil conversou com dois destes senadores que subscreveram a carta. Randolfe Rodrigues (REDE-AP) disse que “esta proposta é uma grande oportunidade para a Presidente Dilma Rousseff sair pela porta da frente do Palácio do Planalto e é a única alternativa fiável e exequível para a Presidente da República resolver a crise política no país. Não é uma alternativa para a crise política deixar o país nas mãos do Vice-Presidente Michel Temer que participou e levou o país à situação de crise em que estamos hoje. Inclusive o seu partido, PMDB, tem boa parte dos seus membros, inclusive os Presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, implicados na Operação Lava-Jato.”
Já o Senador Paulo Paim (PT-RS) entende que o país trabalha com dois cenários políticos: “Primeiro cenário: o impeachment da Presidente Dilma Rousseff deverá passar e seis meses depois, o próprio Michel Temer poderá ser afastado pelo mesmo motivo. Segundo cenário: Digamos que seis meses depois de instaurado o processo de impeachment de Dilma Rousseff ela seja afastada de vez do comando político do país e Michel Temer assume a Chefia do Governo e do Estado. Ora, as últimas pesquisas dizem que Michel Temer tem, apenas, 8% de aprovação popular. Dizem também que 65% da população não querem Dilma nem Temer à frente do governo do Brasil. Então, qual é a nossa proposta para o bem do país? Primeiro, convoca-se um plebiscito para que a população diga se aceita ou não participar de uma eleição presidencial extraordinária. Em aceitando a proposta, a população obriga a Presidente a deixar o cargo e convocar o pleito. Em seguida, escolhe-se um novo responsável pelo destino do país que ficará no cargo até 31 de dezembro de 2018, já que a eleição presidencial daquele ano fica mantida pela nossa proposta.”
A Rádio Sputnik também ouviu a ex-Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidente Dilma Rousseff, a hoje Senadora, Gleisi Hoffmann (PT-PR). A Senadora não subscreveu esta carta encaminhada à Presidente da República mas está convicta de que, dificilmente, ela concordará com os seus termos: