Durante o evento, Dilma Rousseff deu boas vindas à tocha olímpica, ressaltando que a chama é um símbolo de paz e união entre os povos do mundo. Dilma também falou no discurso sobre o momento atual de grave crise política no país. A Presidenta garantiu que mesmo neste momento de instabilidade política, o Brasil está preparado para receber os jogos e que o evento será um sucesso.
“Sabemos as dificuldades políticas que existem em nosso país hoje. Conhecemos a instabilidade política. O Brasil será capaz de mesmo convivendo com um período difícil, muito difícil, verdadeiramente crítico da nossa história, e da história da democracia do nosso país, saberá conviver, porque criamos todas as condições para isso, com a melhor recepção de todos os atletas, e de todos os visitantes estrangeiros. Tenho certeza, que um país cujo povo sabe lutar pelos seus direitos e que preza e sabe proteger sua democracia, é um país onde as Olimpíadas terão o maior sucesso nos próximos meses.”
Dilma Rousseff ressaltou que o mundo vai estar de olho no Brasil durante os Jogos Olímpicos, e que a hospitalidade dos brasileiros vai ser um diferencial, portanto, o país não pode perder o espírito da convivência em harmonia entre as diversas expressões culturais e ideológicas, como sempre foi a sua marca.
“A afirmação pelo espírito olímpico deve ultrapassar as fronteiras do esporte. O Brasil é um país onde as mais diversas expressões culturais, inclusive no campo religioso, tem o seu espaço e a sua vez. Essa capacidade de culturas diferentes conviverem de forma respeitosa é uma das principais mensagens, que as Olimpíadas e Paralimpíadas afirmam como um exemplo para a humanidade, e nós temos que nos esforçar para não perder esse espírito de tolerância cultural, e também de tolerância e convívio com opiniões diferentes. Todos os olhos do mundo estarão voltados para o Brasil. Estamos preparados para atender as mais elevadas expectativas durante os Jogos, trabalhamos muito para isso. Contamos com a conhecida hospitalidade e alegria do povo brasileiro. Assim seremos, sem sobra de dúvida, nós, o povo brasileiro os melhores anfitriões, que as Olimpíadas já conheceram.”
A Presidenta ainda ressaltou a passagem da tocha por 300 cidades brasileiras, percorrendo as principais riquezas culturais, naturais e humanas do país.
“Pelos próximos 94 dias, ao longo desta jornada estarão em evidência a beleza natural do nosso país, a riqueza e a diversidade cultural, e também o calor humano dos brasileiros e brasileiras. Vamos contaminar a nossa nação com o espírito olímpico, e envolver todo o povo brasileiro nessa oportunidade histórica de sediar as Olimpíadas, e as Paralimpíadas. Serão centenas de lugares e milhões de brasileiros emanados no compromisso de escrever uma página gloriosa na história dos Jogos Olímpicos.”
É muita emoção! Todo mundo quer chegar perto da #ChamaOlimpica. #SomosTodosBrasil <3 pic.twitter.com/4qCP6yjXfq
— Brasil 2016 (@Brasil2016) 3 de maio de 2016
Depois da capitã da seleção bicampeã olímpica de volei, Fabiana Claudino ter a honra de ser a primeira condutora da chama olímpica em solo brasileiro, a Tocha Olímpica passou ainda em Brasília pelas mãos de Artur Ávila Cordeiro de Melo, primeiro pesquisador brasileiro e da América Latina a receber a Medalha Fields, o Prêmio Nobel da matemática; do ex-atleta Vanderlei Cordeiro de Lima, medalhista de bronze da maratona dos Jogos de Atenas 2004; da refugiada síria Hanan Khaled Daqqah, de 12 anos; de Adriana Araújo, primeira brasileira medalhista olímpica do boxe e de Gabriel Medina, primeiro brasileiro campeão mundial de surfe. A passagem da tocha por Brasília ainda vai contar com shows na noite desta terça-feira (3) na Esplanada dos Ministérios com artistas como Diogo Nogueira e Daniela Mercury, que é embaixadora do Unicef no Brasil.
De Brasília, a Tocha vai seguir pela região Centro-Oeste passando pelos 26 estados, num percurso de 22 mil quilômetros, sendo carregada por 12 mil pessoas, até chegar na região Sudeste, no Rio de Janeiro, no dia 4 de agosto, véspera da abertura oficial dos Jogos Olímpicos no estádio do Maracanã.