Em 26 de abril, no estreito começaram as manobras marítimas IMCMEX (sigla em inglês de Exercícios de Medidas contra Minas), as maiores das lideradas pela Marinha dos EUA. Elas envolveram 30 países dos seis continentes, tendo lugar nos locais mais importantes do mundo do ponto de vista estratégico: no canal de Suez, no estreito de Bab el-Mandeb e no estreito de Ormuz.
“Nós temos de combater todos os objetos ameaçantes e mal intencionados no estreito de Ormuz. Nós avisamos os EUA e seus aliados contra qualquer atividade perigosa em Ormuz, se isto acontecer nós deveremos agir de acordo com a Convenção de 1982 [das Nações Unidas sobre o Direito do Mar]", disse a agência de notícias iraniana Mehr citando Hossein Salami, vice-comandante do Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica.
O artigo 39 da Convenção garante o trânsito livre para navios e aeronaves, sem representar qualquer ameaça ou usar força contra os países do estreito, ao mesmo tempo obrigando-os a respeitar a integridade territorial, a independência política e a soberania dos países do estreito.
Na segunda-feira (2) o líder supremo do Irã Ali Khamenei condenou as manobras, exigindo dos Estados Unidos para explicarem a decisão de ter escolhido esta região para realizar os treinamentos.
O estreito de Ormuz é responsável por quase um terço das passagens marítimas comerciais de petróleo de todo o mundo.