"Ouço com grande frequência como os nossos parceiros americanos nos encorajam, através de seus representantes oficiais da Casa Branca e do Departamento de Estado, a trabalhar mais ativamente com Assad. A propósito, Assad não é nosso aliado" – disse Lavrov.
Ele explicou que, apesar de Moscou apoiar Assad na luta contra o terrorismo e na manutenção do Estado sírio, o presidente não é um aliado da Rússia da mesma forma como, por exemplo, os EUA são aliados da Turquia através da OTAN.
Nesse sentido, Lavrov criticou a omissão de Washington diante da intolerante postura de Ancara com a participação de representantes curdos no processo de negociações pela paz síria, em Genebra.
"Acredito que Washington tem todas as possibilidades de exigir que seus aliados da OTAN cumpram plenamente a resolução que determina que as negociações devem contar com a participação de todos os segmentos da sociedade síria" – declarou o chanceler russo.
Ele disse ainda, que, da mesma forma, os EUA poderiam cumprir a promessa de separar a suposta "oposição moderada", apoiada por Washington, dos grupo terroristas Frente al-Nusra e Daesh (Estado Islâmico). "Principalmente a Frente al-Nusra, pelo fato de ela ocupar posições nos arredores de Aleppo em que são incorporadas forças da chamada oposição "moderada", a "boa oposição", protegida pelos americanos" – explicou.