Escrita e estrelada pelo historiador Milton Teixeira, acompanhado por seis atores do grupo de teatro O Corsário Carioca, a peça “Tiradentes, Um Palácio de Histórias” vai ser apresentada em duas sessões, uma nesta sexta (6), às 19h, e outra no Sábado, 7 de maio, às 15h. Com entrada gratuita.
Em entrevista exclusiva a Sputnik, a Diretora de Cultura da Alerj, Fernanda Figueiredo explicou que o Palácio Tiradentes foi inaugurado em 1926 para abrigar a Câmara dos Deputados. Antes, no entanto, no terreno do Palácio funcionava a Cadeia Velha, inaugurada em 1640, e que foi o local onde Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, mártir da Inconfidência mineira ficou preso por três anos até se executado, em 1792.
“O Palácio Tiradentes foi inaugurado em 1926 para abrigar a Câmara dos Deputados até Brasília virar capital, em 1960. A partir daí, o Palácio foi transformado na ALEG, que era a Assembleia Legislativa do Estado da Guanabara, e com a fusão do estado da Guanabara, ele virou ALERJ, e é até hoje sede do Parlamento brasileiro. Antes de ser construído o Palácio Tiradentes funcionava a Cadeia Velha, que foi onde ficou preso o Tiradentes durante três anos.”
A Diretora de Cultura da Alerj contou que o espetáculo comemorativo “Tiradentes, Um Palácio de Histórias” vai justamente contar um pouco da história do Palácio nesses 90 anos e de algumas personalidades que por ali passaram como o próprio Tiradentes e o seu traidor, Joaquim Silvério dos Reis, além de presidentes, como Getúlio Vargas, Luiz Carlos Prestes, Carlos Lacerda, e ainda a primeira deputada mulher do Brasil, Carlota Pereira de Queirós.
“As comemorações começaram na semana passada com o Festival Internacional de Harpas. Nesta quinta-feira(5), foi lançado um selo comemorativo do aniversário de 90 anos com os Correios, e amanhã(6) e no sábado(7), nós teremos a peça “Tiradentes,Um Palácio de Histórias”, que faz uma referência histórica dos fatos dos últimos 90 anos do Palácio até a atualidade, com personagens históricos.”
Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), inspirado no Grand Palais de Paris e projetado pelos arquitetos Arquimedes Memória e Francisque Couchet, Fernanda Figueiredo destacou ainda a importância do Palácio Tiradentes não só nó que diz respeito as leis, mas também no que diz respeito ao vasto acervo arquitetônico e artístico, atraindo visitantes do Brasil e do mundo.
“O importante é mostrar que o Palácio hoje é um museu vivo. Ele funciona como sede do Legislativo carioca, e também como palco de eventos culturais, além de estar situado e fazer parte do corredor cultural do centro histórico do Rio de Janeiro. Nós recebemos uma média de 4 mil visitantes por mês. Existe visita guiada todos os dias, de 10h às 17h, gratuita.”
Segundo ainda a Diretora de Cultura da Alerj, desde a inauguração de sua exposição permanente, em 2001, o Palácio recebeu mais de 500 mil visitantes, com um recorde de público, em 2015, quando 46.247 pessoas visitaram o Palácio Tiradentes. Entre os visitantes estrangeiros, o maior público é de franceses.
“Em 2015 batemos um recorde de visitação, e pretendemos em 2016, com as Olimpíadas duplicar esse número, por isso estamos realizando eventos nas escadarias, dentro do Salão Nobre. Dos estrangeiros, no ano passado a maior faixa de público veio da França. Nós recebemos muita gente da América Latina também, como Argentina. Do total de visitantes, 20% são estrangeiros.”
Para saber toda a programação cultural, basta acessar o site do Palácio Tiradentes.