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Após aprovação de parecer na Comissão, Governo tenta barrar impeachment no Plenário

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Depois da aprovação do relatório do Senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), nesta sexta-feira (6), pela Comissão do Impeachment dando continuidade ao processo contra Dilma Rousseff, por 15 votos a favor e 5 contra, os governistas tentam agora barrar o impeachment na votação no Plenário, marcada para quarta-feira(11).

O resultado da votação desta sexta-feira(6) não foi surpresa para o Governo, pois ele já sabia que era minoria de votos na Comissão de Impeachment. 

O Líder do governo no Senado,  Humberto Costa disse à imprensa da Casa, que o objetivo agora é continuar trabalhando para tentar reverter a opinião de alguns senadores sobre a abertura do processo de impeachment no Plenário. 

Humberto Costa se diz confiante, que o resultado no Plenário será diferente.

“Nós temos trabalhado no sentido de buscar argumentos convincentes para fazer com que muitos senadores possam mudar a sua opinião. Aqui os integrantes da Comissão são escolhidos a dedo entre aqueles que já eram inicialmente contra a Presidenta Dilma, e a favor do impeachment. No Plenário nós teremos um resultado diferente. Não posso prever se teremos condição de derrotar ou não essa proposição porque na Câmara, o processo para a aprovação da admissibilidade era de 2/3, e aqui é a maioria simples, mas certamente nós teremos mais de 1/3 dos votos dos senadores. O que aponta que para o final do processo poderemos sim impedir a continuidade desse golpe.”

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Na sessão da Comissão nesta sexta-feira (6), após o encaminhamento de todos os votos pelos líderes, o último a falar foi o relator Antonio Anastasia (PSDB-MG). O senador reafirmou que está com a consciência tranquila, pois seu parecer favorável ao impeachment foi dado com responsabilidade.

“Eu tenho a tranquilidade, a consciência tranquila, e a seriedade, que trabalhei com empenho, com afinco e com minha responsabilidade no parecer que hoje submete a votação de meus pares.”

A reunião foi marcada por muita confusão e chegou a ser interrompida por alguns minutos. Ao ser retomada, os governistas, através da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR),pediram a suspensão do processo alegando que ele começou pelo presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como forma de vingança por não conseguir o apoio do PT no Conselho de Ética, mas a questão de ordem foi negada.

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A primeira votar a favor do relatório de Anastasia, foi a senadora Ana Amélia(PP). Ao dizer que era a favor do parecer, a senadora afirmou que ninguém está acima da lei.

“Todos são iguais perante a lei, inclusive o Presidente da República, que deve responder e ser julgado pelos seus atos. Assim, voto pela aprovação do relatório.”

Os governistas declararam seus votos contra o parecer, afirmando que o processo do impeachment não tem legalidade. O vice-líder do PDT, senador Telmário Mota (RR), criticou o relatório de Anastasia.

“Esse processo de impeachment não está fundamentado na lei. É verdade que o relatório do senador Anastasia vai entrar para a história sim, mas para a história daquele relatório que rasgou a Constituição brasileira.”

O Presidente da Comissão de Impeachment, Raimundo Lira fez uma avaliação do trabalho do colegiado após a votação. Para o senador, o trabalho além de ter sido organizado foi suprapartidário.

“Saio com o sentimento de dever cumprido por ter dado espaço para que todos pudessem trabalhar,” disse Raimundo Lira. 

Caso o Plenário aprove o processo de impeachment na votação de quarta-feira (11), a Presidenta Dilma vai ser afastada por até 180 dias e o vice Michel Temer assumirá a presidência.

 

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