Um atirador, cuja identidade não foi revelada, tentou acertar Can Dündar à queima-roupa do lado de fora do tribunal onde deveria ser anunciado o veredito sobre seu caso. No momento dos disparos, o agressor teria gritado "você é um traidor".
Can Dündar saiu ileso do ataque e o autor dos tiros foi detido pela polícia sem apresentar resistência. O incidente aconteceu diante de muitos jornalistas presentes no local.
Can Dündar e seu colega Erdem Gül, chefe da filial do Cumhuriyet em Ankara, enfrentam acusações de supostamente terem revelado segredos de Estado num artigo publicado em maio de 2015. Caso condenados, ambos poderão pegar longas penas de reclusão.
O julgamento é polêmico e configura mais um caso de constantes ataques do governo do presidente Tayyip Erdogan à liberdade de imprensa na Turquia.
Após a publicação, Dündar e Erdem foram detidos e passaram 92 dias na prisão, sendo boa parte desse tempo em confinamento solitário.
Esta última decisão foi condenada por grupos de direitos humanos e por 100 escritores internacionais, que assinaram uma carta exigindo que as acusações fossem canceladas.
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