Breedlove disse que tentou evitar nova Guerra Fria, mas suas ações mostram o contrário

© AFP 2023 / SAUL LOEB / AFPGeneral Philip Breedlove
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O general americano Philip M.Breedlove, que tem apoiado uma maior pressão militar sobre a Rússia, revelou recentemente que ele “tentou evitar uma nova Guerra Fria”. No entanto, as suas decisões antirussas mostram o contrário.

Durante os últimos três anos, Breedlove foi o comandante das forças americanas e da OTAN na Europa.

Em 2014, os EUA, maior contribuinte ao orçamento da aliança, começou a Iniciativa de Segurança Europeia (ERI, na sigla inglesa) de $1 bil (R$3,54), como a resposta à reunificação da Crimeia com a Rússia e a alegada participação de Moscou na guerra civil na Ucrânia.

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O orçamento da ERI para o ano 2017 derrapou para $3,4 bil (R$12 bil). Todo este dinheiro será usado para criar novos centros de comando, desdobramento rotativo, exercícios e equipamento militar no flanco oriente. Outros planos são a instalação permanente de uma terceira brigada na Europa.

Além disso, em 2014 a OTAN criou a  Força Operacional Conjunta de Elevada Prontidão (VJTF, sigla de Very High Readiness Joint Task Force), designada a reforçar a Força de Reação da OTAN estabelecida em 2002.

© AFP 2023 / Janek SkarzynskiTropas da OTAN participam dos exercícios militares na Polônia
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Estas iniciativas são destinadas, segundo a OTAN, a garantir que a Rússia não põe em risco a paz e a segurança na Europa Oriental e na região do Báltico, embora Moscou repetisse muitas vezes que não ameaça nenhum país.

“A Rússia não está interessada em contribuir para tensões ou confrontação”, declarou recentemente o Ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov.

Todavia, desde o início da crise ucraniana, a OTAN vê a Rússia como uma ameaça, acusando Moscou de se intrometer nos assuntos do país vizinho. Por seu lado, a Rússia, que não é a parte do conflito ucraniano, fez todos os esforços para resolver a crise através das negociações de Minsk.

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Em maio, o general Breedlove acusou a Rússia em escolher do “caminho da beligerância”. O ex-comandante da OTAN chamou Moscou de país “renascido” e “agressivo”, dizendo que a Rússia “escolheu ser adversário e representa uma ameaça” para os EUA, bem como para os seus parceiros na Europa.

Mais cedo nesta semana, a OTAN saudou o seu novo comandante, o general americano Curtis M. Scaparrotti, que também descreveu a Rússia como “agressiva”, indicando que a aliança militar não vai deixar a sua estratégia antirussa.

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