Na opinião de Cardozo, a decisão do Senado em prosseguir com o processo é inconstitucional, pelo fato de a autorização da Câmara ser uma condição indispensável no caso de impeachment.
“Me parece insustentável a tese de que o Senado possa prosseguir sem que se reveja a decisão da Câmara” – disse o advogado durante uma entrevista coletiva concedida antes de o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ter determinado a continuidade do processo, ignorando assim a decisão de Waldir Maranhão.
Na manhã de hoje, o presidente interino da Câmara acolheu o pedido de José Eduardo Cardozo de anular as sessões da Câmara que aprovaram a admissibilidade do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Maranhão solicitou ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a devolução dos autos do processo, para que estes fossem novamente apreciados pela Câmara. Renan, no entanto, classificou a decisão de "intempestiva" e determinou a continuidade do processo no Senado.