Maranhão, que substituiu Eduardo Cunha na presidência da Câmara na semana passada após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter finalmente decidido afastar o peemedebista, disse que a petição da Advocacia-Geral da União ainda não havia sido analisada pela Casa e que, ao tomar conhecimento dela, resolveu acolher, argumentando que “ocorreram vícios que tornaram nula de pleno direito a sessão em questão”.
Segundo o deputado do PP, os partidos políticos não poderiam ter fechado questão a favor ou contra o impeachment, já que isto força os deputados a seguir a orientação partidária, sob pena de punição, como expulsão da legenda.
“Não poderiam os partidos políticos terem fechado questão ou firmado orientação para que os parlamentares votassem de um modo ou de outro, uma vez que, no caso deveriam votar de acordo com as suas convicções pessoais e livremente”, afirmou ele.
Segundo o coletivo Jornalistas Livres, Maranhão já solicitou ao Senado a devolução dos autos do processo à Câmara. A intenção do deputado, segundo a fonte, é reabrir um novo processo de impeachment, desta vez incluindo o vice-presidente Michel Temer.