Argentina vai tornar público parte de documentos secretos do período da ditadura militar

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O governo argentino anunciou que vai tornar público parte dos documentos relacionados a ações ocorridas entre 1978 e 1982, período da ditadura militar, de 1976 a 1983. O anúncio foi feito pelo vice-ministro do Exterior, Carlos Foradori, graças a um acordo firmado com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).

No total, serão divulgados 74 relatórios com denúncias de sequestros, assassinatos, prisões ilegais, fechamento de órgãos de imprensa, censura entre outros crimes praticados durante o regime militar, em especial no período do presidente Jorge Rafael Videla, chefe da Junta Militar que governou o país. Cada um desses documentos será analisado e digitalizado pela Unesco e será enviado à Secretaria de Direitos Humanos e à Justiça argentina.

O secretário de Direitos Humanos, Claudio Avruj, classificou a abertura dos documentos como um "passo importante para a recuperação da memória e a reparação da verdade e da justiça, que são agora uma política de Estado". Toda a documentação ficará aberta a consulta dos parentes dos desaparecidos e da Justiça.

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