Na véspera o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, afirmou à RIA Novosti que o processo legislativo de liberalização de vistos começará somente depois de Ancara cumprir todas as 72 condições apresentadas pela UE, sem exceção.
"Se o acordo com a Turquia fracassar, acho que a única alternativa para resolver a crise migratória, que foi articulada pelos alguns governos [europeus], é realmente fechar as fronteiras da União Europeia para os refugiados", disse Philippe de Bruycker, o professor o em direito de asilo do Centro da Política Migratória do Instituto Universitário Europeu.
O professor também afirmou que alguns países da UE estão prontos até isolar a Grécia para limitar o fluxo de refugiados.
"Alguns Estados-membros estão prontos para isolar a Grécia do resto da União Europeia para impedir que os migrantes dos Balcãs e da Grécia viajem para norte”, acrescentou o analista. "Isso vai transformar a Grécia em um campo de refugiados da UE".
A decisão da Comissão Europeia foi criticada duramente pelo presidente turco Recep Tayyip Erdogan que afirmou que o país não vai mudar sua legislação antiterrorista. Além disso o presidente turco acrescentou que espera que os lados coordenem o regime de isenção dos vistos ate o outubro.
A abolição dos vistos faz parte do acordo sobre os refugiados assinado em março por Ancara e Bruxelas. Em retorno, a Turquia tinha que cumprir 72 condições apresentadas pela União Europeia.