Na quinta-feira o Senado do Brasil aprovou o procedimento de impeachment da presidente Dilma Rousseff, com 55 votos a favor e 22 contra. A chefe do Estado abandonou o seu cargo para 180 dias, transferindo as suas obrigações ao vice-presidente Michel Temer, que já reuniu o novo governo.
“Esta resolução foi precedida por uma forte ação de desestabilização da situação política e econômica no Brasil. Mais uma vez estamos presenciando uma revolução colorida realizada pelo imperialismo americano a estabelecer a sua dominância no país, onde a presidente colocava os interesses do povo acima dos interesses de monopólios americanos e realizava uma política econômica e social independente”, diz o comunicado.
Os comunistas consideram que os EUA usam qualquer situação com protestos sociais para mudar o regime.
“O Partido Comunista da Federação da Rússia demanda imediatamente deixar a desestabilização da situação politica no país, a intervenção na política interna do Estado soberano e dar ao povo brasileiro o direito de definir o seu futuro independentemente”.
Os comunistas russos também afirmam que Washington tem medo de que os membros do grupo BRICS, de qual fazem parte a Rússia e o Brasil, fortalecerão a sua política econômica independente e começarão a realizar pagamentos em moeda nacional, que pode causar muitas perdas para “a globalização americana e reforçar o desejo de muitos países sair sob o controlo dos EUA”.