Os estudantes denunciam o fechamento de salas de aula, reivindicam merenda e apuração das denúncias de corrupção nos contratos da alimentação escolar e exigem autonomia na organização dos grêmios estudantis. Além disso, as ocupações expõem a tentativa do governo Alckmin de promover uma reorganização escolar às escondidas, violando a liminar que suspendeu esse processo no ano passado após uma luta histórica dos alunos.
De acordo com a Agência Brasil, as operações desta sexta-feira foram respaldadas por um parecer da Procuradoria-Geral do Estado, que entendeu que o governo pode suar a força contra a tomada de prédios públicos sem recorrer ao Judiciário.
A procuradoria afirma que o Poder Público pode exercer a autotutela em relação aos prédios ocupados, sendo este um direito previsto no artigo 1.210 do Código Civil, pelo qual o detentor de um bem pode usar a força para evitar a invasão da propriedade ou ser privado dela.