“Não consideramos a Rússia como uma ameaça à Noruega. Eles nunca mostraram as suas ambições, nós cooperamos. Mas eles têm muitas forças militares perto de nós e, se alguma coisa acontecer, estamos no caminho deles”, disse Solberg no seu discurso no Centro de Pesquisas Estratégicas Internacionais.
Solberg lembrou que o seu país tem uma longa história da cooperação com a União Soviética e depois com a Rússia, que em geral tem sido bem-sucedida. Ela mencionou que, durante a Segunda Guerra Mundial, as forças soviéticas libertaram algumas regiões norueguesas dos nazistas.
Mas, na sua opinião, os acontecimentos na Crimeia, que Solberg chamou “anexação”, mostram o comportamento imprevisível da Rússia.
“Penso que a imprevisibilidade da Rússia é o maior desafio que enfrentamos. A Guerra Fria foi um período grave. Eles [a União Soviética] tinham forças muito bem equipadas, sabíamos que eles tinham capacidades militares caso alguma coisa acontecesse. Mas eles foram imprevisíveis”, disse a primeira-ministra.
“Sabemos que eles sabem que nós sabemos. É um princípio muito bom, ser imprevisível mas conhecermo-nos um ao outro, mesmo quando não temos um equilíbrio”, adicionou Solberg.